A obesidade é uma doença crônica, que se caracteriza, principalmente, pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. O número de pessoas obesas tem crescido rapidamente, tornando a doença um problema de saúde pública.
No Brasil, existem mais de 20 milhões de indivíduos obesos. Na população adulta, 12,5% dos homens e 16,9 % das mulheres apresentam obesidade e cerca de 50% têm excesso de peso (sobrepeso).
O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e pode estar associado ao surgimento de alguns tipos de câncer.
O excesso de peso pode trazer ainda prejuízos para as relações pessoais e profissionais, pois essas pessoas são mais propensas à depressão e ansiedade.
A principal causa de obesidade é a alimentação inadequada ou excessiva. Para manter o peso ideal é preciso que haja um equilíbrio entre a quantidade de calorias ingeridas e a energia gasta ao longo do dia. Quando há abundância de alimentos e baixa atividade energética, existe o acúmulo de gordura. Por isso, o sedentarismo é o segundo fator importante que contribui para a obesidade.
Além disso, existem outros fatores que podem desencadear a doença, como disposição genética para obesidade, ou ter o metabolismo mais lento, o que facilita o acúmulo de gorduras e dificulta o emagrecimento, ou ter aumento de peso por conta das oscilações hormonais.
Também existe uma influência dos fatores psicológicos, quando o estresse ou as frustrações desencadeiam crises de compulsão alimentar e desânimo para prática de atividades físicas.
A melhor forma de tratar a obesidade é adotar mudanças no estilo de vida, com uma dieta menos calórica aliada a um programa de exercícios físicos, sempre sob a supervisão de uma equipe multidisciplinar.
Existem casos em que é necessária a prescrição médica de medicamentos para controle da fome, ansiedade e que reduzem a absorção de gordura pelo organismo.
Para os casos mais graves, pode ser recomendada também a cirurgia bariátrica, especialmente para quem possui o IMC acima de 35 e também ter doenças associadas à obesidade, e para os que têm IMC acima de 40 e não conseguem emagrecer com outros tratamentos.
Para qualquer caso de obesidade, o acompanhamento médico regular é fundamental.
A doença pode ser evitada desde a infância, com a adoção de hábitos alimentares saudáveis e a prática regular de esportes ao longo da vida