Segundo um estudo brasileiro apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e publicado no The Journal os Clinical Pharmacology, a ingestão de uma dose de ácido acetilsalicílico (AAS) a cada três dias é tão eficaz quanto a sua ingestão diária.
O medicamento vem sendo utilizado na prevenção de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doença vascular periférica há mais de 50 anos.
Porém, seu uso constante pode provocar irritação e sangramento gástrico, por isso, nos últimos anos, a comunidade médica tenta diminuir a sua dose, especialmente, para pacientes com alto risco dos efeitos colaterais.
O estudo em questão propõe um esquema terapêutico diferente.
O AAS inibe a ação de uma enzima que diminui a produção de tromboxano, um ativo que favorece a agregação plaquetária, ou seja, a coagulação do sangue. Por isso, na linguagem popular, o AAS “afina” o sangue, porque diminui a probabilidade de formação de coágulos que dificultam o fluxo sanguíneo.
Por outro lado, na mucosa gástrica, essa mesma enzima diminui a produção de prostaglandinas, substância que protege o estômago e o intestino.
O estudo concluiu que o uso de AAS a cada 72 horas é tão eficaz e muito mais seguro quanto o seu uso diário.
Atualmente, o Food And Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta o consumo de alimentos e medicamentos nos Estados unidos, recomenda que o AAS seja usado apenas na prevenção secundária de doenças cardiovasculares, ou seja, somente em pacientes diagnosticados e que correm risco de um segundo evento.
Vele lembrar que o uso de qualquer medicamento somente deve ser feito com prescrição médica.
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